Museu do Disco de Vinil de Brasília

Espaço Cultural CD Shop Music, entidade sem fins lucrativos, fundada em agosto de 2014, que tem entre outras finalidades, a preservação da memória musical de Brasília, do Brasil e do mundo, contida nos discos de vinil

Horário de funcionamento: Entre os dias 15 e 30 de maio de 2017, o Museu estará aberto para visitação entre 14h e 19h, sem previo agendamento. Para visitas fora desse período, favor entrar em contato pelo telefone (61) 99986-9393

Site: https://www.facebook.com/Clube-e-Museu-do-Disco-de-Vinil-de-Bras%C3%ADlia-109649215811676/

Email Público: janete.musical@gmail.com

Telefone Público: (61) 99986-9393

Endereço: Colônia Agrícola Águas Claras, Chácara 46, 46, Guará Park, Guará I, 71090-565, Guará, DF

CEP: 71090-565

Logradouro: Colônia Agrícola Águas Claras, Chácara 46

Número:

Complemento: Guará Park

Bairro: Guará I

Município: Guará

Estado: DF

Regiões Administrativas: Guara

Descrição

Objetivo Geral

O Clube e Museu do Disco de Vinil de Brasília, atualmente localizado na residência de sua criadora, a Bibliotecária Janete das Graças Oliveira Sousa – Guará Park – Brasília – DF, tem como objetivo geral:

A preservação da música contida nos discos de vinil, como os LPs (Long Plays), Compact Disc e outros tamanhos, como os discos de 78 rotações;
Contribuir para a preservação do patrimônio material e imaterial musical de Brasília, do Brasil e do mundo ao evitar que esse material seja jogado no lixo.
2.1- A mídia impressa e televisiva entre outras, têm comprovado esse ato extremo da comunidade, por falta de local apropriado de descartes dos mesmos;
Contribuir com a educação e laser da comunidade ligada à música, como estudantes de música, pesquisadores e artistas.
Promover o turismo em nossa capital;
Objetivos específicos


Implantação do Clube e Museu do Disco de Vinil de Brasília em local apropriado e de fácil acesso à toda população do Distrito Federal e Entorno e pelos turistas;
Criação do espaço Café com Vinil como intuito de convivência multiuso e gastronômico, aberto ao público, para audição do acervo, apresentações culturais, lançamentos, debates e palestras;
Aglutinar pessoas as quais tenham interesse musical, seja para ouvir, estudar, conhecer, pesquisar e preservar a música de maneira geral, principalmente aquelas contidas nos discos de vinil, chamados popularmente de “bolachões”
Servir de fonte de pesquisa para estudantes de música, história, sociologia, antropologia e demais áreas afins.
Servir como apoio ao ensino em geral e à história da música, com visitas guiadas pelos centros de ensino do Distrito Federal e Entorno;
Promover a preservação da cultura musical, com especial destaque aos artistas brasilienses, através da coleta e conservação dos discos de vinil, de CDs, DVDs, disco laser, fitas K7, fitas VHS, livros e revistas musicais partituras e/ou qualquer outro suporte musical e artístico.
Promover a preservação de diversos aparelhos musicais, como gramofones, eletrolas, vitrolas, tocas discos em geral, além de obras artísticas e demais objetos ligados ao meio musical, visando o aprimoramento do acervo do museu.
Justificativa

O Clube e Museu do Disco de Vinil de Brasília atinge os seguintes segmentos: patrimônio e legado material e imaterial, música, audiovisual. Popularmente Brasília é chamada de “museu a céu aberto” devido a seus monumentos, arquitetura e das infinidades de museus que a cidade acolhe e que fazem parte do dia a dia de seus habitantes.

Nesse sentido, o Clube e Museu do Disco de Vinil de Brasília, tem o intuito de se integrar a esse circuito, presenteando Brasília com mais um espaço para a preservação da memória e do legado da história da capital do país.

O acervo do museu conta com cerca de 25 mil discos entre LPs, compact discs, Fitas VHS e K7, CDs, DVDs, vídeo lasers, com obras nacionais e internacionais e muitas raridades, colecionados ao longo da vida da Sra. Janete das Graças, desde amais tenra idade. Consta ainda om mobiliário antigo, que bem caracteriza o museu, assim como quadros raros de artistas e bandas, aparelhos de som, instrumentos musicais e outros objetos e decoração, ocupando cerca de oito cômodos de sua casa;

O Clube e Museu do Disco de Vinil de Brasília é um espaço dedicado a preservação, valorização, difusão e restauração de discos de vinil e de qualquer outro suporte que contenha a música e que se caracterizam como legado patrimonial material e imaterial da música em geral, além do mesmo cuidado com os aparelhos de som, instrumentos musicais, livros, revistas e partituras musicais;

Com a criação e implantação do Café com Vinil, espaço de convivência do museu, voltado para música, gastronomia e lazer, os usuários poderão trocar experiências e informações e ter acesso a algumas obras do acervo para apreciação e audição de discos de vinil nacionais e internacionais, incluindo raridades;

História

Janete das Graças, desde criança, foi uma apaixonada pela música. Em Anápolis, sua cidade natal, no bar de seu pai, ouvia na eletrola os discos de vinil que ele passava para os cientes.

Depois veio o rádio e ela só ouvia as músicas que tocava. Comerciais e noticiários eram deixados de lado ao se buscar uma nova estação, uma nova música. Veio para Brasília aos 12 anos de idade. Casou-se aos 17 anos e aprendeu com seu marido a colecionar LPs, entre eles “A volta do Boêmio” com Nelson Gonçalves.

Foi mãe aos 18 anos e avó, aos 37, quando então retornou seus estudos de segundo grau, interrompidos com o casamento e criação de suas três filhas.Formou-se em Biblioteconomia, pela UnB, aos 42 anos de idade. Em 1997, querendo tornar-se empresária, comprou a CD Shop Music, uma Locadora de CDs musicais que já fora uma grande empresa, mas que estava em decadência. Se encantou com a loja, na 108 norte, com seu mobiliário e acervo com cerca de 2.400 CD’s. Se empenhou com afinco na recuperação da loja e do acervo, deixando totalmente de lado a ideia de concurso público e focando em seu amor pela música. As colegas da Universidade foram passando nos concursos públicos e ela firme em sua loja musical.

Em 2003, viu em um noticiário local, uma reportagem dizendo que as pessoas estavam jogando discos de vinil (LP’s), no lixo. Ficou angustiada ao imaginar a perda da memória musical contidas naqueles discos jogados fora, por não ter um local próprio de descartá-los e não compensando vende-los, devido ao baixo preço pago pelas lojas e profissionais no ramo. Imediatamente mandou um E-mail para a redação do referido Jornal pedindo que publicassem um apelo para que a população não jogasse seu LP’s no lixo. Que A CD Shop Music os aceitava como pagamento nas locações de CDs. Que os buscaria no local, sem custo algum. Foi atendida prontamente pelo Jornal e dias depois começou a receber os LP’s da comunidade que se encantava com a iniciativa dela.

Já falava na época do sonho de criar em Brasília um local onde a comunidade pudesse ouvir o som do saudoso disco de vinil. Imediatamente foi procurada pela mídia e viu seu sonho ser divulgado nas TVs, Globo, Record e Brasília e também mídia impressa.Em 2005, devido a euforia e facilidades de obtenção de músicas pela Internet, se viu obrigada a fechar a loja, transferindo-a para a sua residência, com todo o seu mobiliário e cerca de 15 mil CD’s, 5 mil LP’s e outros suportes musicais, como os DVD’s e Fitas VHS, mantendo tudo intacto até os dias atuais.

Em 2010, decidiu finalmente pelo concurso público, afinal precisava de uma segurança. Aprovada passou a ser funcionária do Banco do Brasil, na agência do Aeroporto. Ali se angustiou. Viu que o Banco e seus projetos eram tão encantadores que fatalmente ela deixaria de lado seu sonho musical. A dúvida a deixava doente. Queria ficar mas o amor à música e o seu veio artístico a chamava. E ela então, silenciosamente, sem seus familiares saberem, pois certamente tentariam demovê-la de tão louca ideia, pediu demissão do Banco do Brasil. E no início de 2011, montou então um Espaço Cultural, com tudo que sonhara, no Polo de Modas do Guará II. Na placa da loja, em um cantinho, o slogam de seu sonho: Clube e Museu do Disco de vinil de Brasília, nome que ela registrara desde 2008, no INPI. Ali havia um pouco de tudo: Bar, lanchonete, sala de estar com TV, sofá, estantes e muitos móveis, instrumentos musicais e aparelhos de som antigos. E encantava os visitantes a antiguidade e principalmente os disco de vinil. Ali várias exposições de discos foram feitas,
inclusive uma exposição dos LP’s de novelas da TV Globo, com mais de 200 LP’s. Sucesso culminando com a reportagem da TV Globo, DF TV, no local.Mas como ela nada queria vender, pois cultura não se vende, teve mais uma vez que recuar. Fechou o Espaço, mas não antes de ali criar oficialmente, com familiares, jornalistas, amigos, artistas e clientes, o Espaço Cultural CD Shop Music. Outubro de 2014. Precisava fazer com que seu sonho tivesse continuação, que tivesse outras pessoas envolvidas e responsáveis pelo Projeto, quando ela não existisse mais. Precisava de uma Diretoria que continuasse seu trabalho, já que sempre fez tudo sozinha pois, filhas, netos e irmãos, apesar de sempre darem apoio à mesma, não compartilhavam do seu sonho. Achava- o louco demais. Mas ela nunca se esqueceu de uma frase famosa que dizia: “O sonho pode ser louco, mas o sonhador tem que ser lúcido”. Então, novamente levou tudo para a sua casa, que agora abriga todo o seu acervo.

Nesse interim, desde 2013, buscou conhecer a legislação e possível apoio do governo, buscando a Secretaria de Turismo, Ministério da Cultura e Secretaria de Cultura do DF, onde criou o seu cadastro de ente e agente cultural (CEAC) que finalmente foi aprovado, em Agosto de 2015, como patrimônio material e imaterial e lhe abrindo as portas de incentivos culturais. O Clube e Museu do Disco de Vinil de Brasília é um projeto pioneiro em Brasília, como foi pioneiro o projeto de criação da capital do Brasil.

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Publicado por

Lívia Frazão

Intérprete e bacharel em Artes Cênicas pela Universidade de Brasilia. Especialista em Estudos Avançados em Dança pela UFBA.
Foi Coordenadora de Formulação de Políticas Públicas de Cultura na Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal. Atualmente está como Assessora de Informações e Indicadores Culturais na mesma Secretaria.