Parque Ambiental do Bosque, São Sebastião

Localizado em São Sebastião-DF, a área de preservação ambiental conta com vegetação privilegiada

Endereço:

CEP: 71692-501

Logradouro: Quadra 202 Conjunto 1

Número:

Complemento:

Bairro:

Município: São Sebastião

Estado: DF

Regiões Administrativas: Sao Sebastiao

Descrição

Há 15 anos, o Parque Ambiental do Bosque, em São Sebastião-DF, se tornou área de proteção ambiental. Mesmo assim, o local não recebia a atenção devida e era usado para descarte de entulhos e até mesmo como ponto de drogas. Mas após muita reivindicação, os moradores da cidade receberam de presente a revitalização do espaço, que se tornou o pulmão ecológico de São Sebastião.

Com tamanha importância, o parque conta hoje com uma infraestrutura digna de uma área de preservação, graças a uma parceria entre a Administração Regional e a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), que transformaram o local. O parque possui uma área de 187 mil m², aproximadamente 20 campos de futebol. Além de uma pista de cooper ao redor da área e trilhas entre as árvores, o parque conta também com um anfiteatro, kits de malhação, três quadras de vôlei de praia, quatro campos de futebol de areia, uma quadra poliesportiva, dois parques infantis e dois pergolados, muito usado por macaquinhos que são vistos frequentemente.

José Carlos Maciel é geógrafo e administrador do parque. Ele conta que o espaço possui características vegetais especiais, como a mata de galeria. Segundo Maciel, no Distrito Federal esse tipo de vegetação só pode ser encontrada no Parque de Sobradinho. Ele ainda ressalta que mudas de árvores do cerrado também foram plantadas na parte externa. Para ele, a revitalização do local foi uma grande conquista para a população. “Aqui as pessoas podem ter contato com a natureza sem precisar sair da cidade. É um espaço rico e precisa ser preservado”.

Para a revitalização do Parque Ambiental do Bosque, muitas árvores tiveram que ser derrubadas, mas nada foi desperdiçado. As placas do espaço e os locais de lazer e aprendizado, como a oficina da natureza e o anfiteatro, foram todos construídos com a madeira das árvores que tiveram que ser retiradas. Segundo o diretor do Parque, José Carlos Maciel, desde o início o projeto já previa as derrubadas, mas que tudo seria reutilizado. “Por ser uma área de preservação não podíamos simplesmente derrubar. Então pensamos na melhor forma de reutilizar (as árvores) e essa foi uma ótima maneira. Elas foram derrubadas, mas continuam aqui no parque”.

Conhecimento

Além de ser usado para lazer, esportes e atividades culturais, a área também funciona como uma ‘escola da natureza’. Todo o primeiro domingo do mês é realizado o Encontro no Parque. No evento, os moradores se reúnem para palestras e aulas de conscientização ambiental. Eles aprendem mais sobre a vegetação do espaço, recolhem o lixo descartado incorretamente e plantam mudas de árvores. As aulas são ministradas por voluntários qualificados. O professor de biologia, Sérgio Lopes, é um deles. Para ele, os encontros são fundamentais para que os moradores preservem a área. “Conscientizar as pessoas da importância do parque para a cidade, para o meio ambiente é muito importante para que (o parque) não seja destruído. Além de uma área de preservação ambiental, o local se tornou a Floresta Amazônica, o pulmão ecológico da cidade”.

Caio Martins, 17 anos, é estudante e começou a frequentar os encontros em 2014. Ele diz que após as aulas, passou a olhar diferente para o parque. “Eu realmente não tinha noção da importância de preservar (o espaço). Para mim era só mais um local cheio de mato. Mas hoje reconheço a importância da gente cuidar do parque. Venho quase todos os dias aqui para correr, relaxar, respirar puro”.

A vendedora Maria Cristina, 45 anos, também é uma frequentadora assídua do local. Ela conta que abriu mão de ir para a academia para correr e malhar no parque. “Depois que reformaram, aqui ficou lindo e seguro. É muito bom correr e sentir o ar puro, ver os micos nas árvores. Melhor que ficar dentro de uma academia com todo mundo suado”, conta rindo.

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Publicado por

Lívia Frazão

Intérprete e bacharel em Artes Cênicas pela Universidade de Brasilia. Especialista em Estudos Avançados em Dança pela UFBA.
Foi Coordenadora de Formulação de Políticas Públicas de Cultura na Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal. Atualmente está como Assessora de Informações e Indicadores Culturais na mesma Secretaria.