Casa Verde Jardim Cultural

A Casa Verde Jardim Cultural é espaço destinado a apresentações e manifestações culturais diversas, sobretudo aquelas comumente excluídas pela perversa lógica do capital e sua indústria de entretenimento. Semearemos no nosso Jardim muita arte e muita luta, para juntos colhermos resistência, empoderamento e transformação.

Email Público: casaverdejardimcultural@gmail.com

Telefone Público: (61) 98479-0768

Endereço: Avenida Salvador Coelho, Quadra 43, Casa 03 , Setor Tradicional, 73330-044, Planaltina, DF

CEP: 73330-044

Logradouro: Avenida Salvador Coelho, Quadra 43

Número: Casa 03

Complemento:

Bairro: Setor Tradicional

Município: Planaltina

Estado: DF

Regiões Administrativas: Planaltina

Descrição

Saudações Revolucionárias Amigos!

É com muito amor que apresentamos a vocês a Casa Verde Jardim Cultural. Um espaço destinado a apresentações e manifestações culturais diversas, sobretudo aquelas comumente excluídas pela perversa lógica do capital e sua indústria de entretenimento. Semearemos no nosso Jardim muita arte e muita luta, para juntos colhermos resistência, empoderamento e transformação. Por isso, desde já, convidamos os diversos artistas de nossa comunidade e das comunidades vizinhas, a ocuparem o espaço com seus corpos e suas artes. Teatro, exposições, dança, música autoral, experimental, underground e performance de diversas ordens serão muito bem-vindas.
Para que tal pretensão se realize, estamos desde o início do ano construindo nosso sonho. Plantamos o Axé de nossa Casa a cada tijolo erguido, a cada prego batido, a cada semente germinada. Um Axé de solidariedade e afeto, construído coletivamente. Aproveitamos para agradecer a todos os amigos-agregados que diariamente passam por aqui nos doando sua força de trabalho e seu entusiasmo. São esses esforços que unidos em uma potente força criativa, possibilitam a construção do nosso Jardim. Lugar cuja a vocação é abrigar aqueles e aquelas que muitas vezes se sentem sem lugar: seja pela falta de espaço para receber crianças, pelas opressões do cotidiano ou mesmo pela lógica das cidades cada vez menos solidárias. Nosso Jardim nasce na contramão, atrapalhando o transito de uma sociedade que nos atropela e não nos oferece socorro, ou qualquer outra alternativa de construir nossa existência de forma mais humanizada e coletiva. Esse é o Jardim da diferença.
As sementes desse Jardim foram lançadas na terra e vem amadurecendo e germinando a mais dez anos. Ao longo desse período incontáveis foram as vezes que o quintal da Nath abrigou encontros de amigos, celebrações de aniversários, comemorações de conquistas e toda sorte de festividades regadas com muito amor. Dessa sementes lançadas em forma de incentivo, ideias, sugestões e mobilizações coletivas, finalmente flores mais exuberantes começam a desabrochar. O que antes se encontrava no terreno do sonho, hoje germina em forma de empreendimento.
Para cuidar da manutenção desse jardim, entre os tantos lançadores de sementes que, diariamente ao longo dos anos regaram essa ideia, quatro jardineiros toparam a missão de cuidar permanentemente desse espaço afetivo. Nathalia Araújo, professora pensante-falante que acolheu a todos, Jéssica Araújo cabocla menina da terra que desde o começo nos acompanha nessa caminhada, Bruno Alarcão que ao logo desse percurso se empenhou em alimentar a galera e Rai Araújo musicista e compositora responsável por atrair borboletas e passarinhos com suas notas melodiosas. Dessa união nasce a Casa Verde Jardim Cultural, um espaço para apreciar arte, onde serviremos uma cerveja super gelada, drinks diversos, petiscos tradicionais e outras deliciosas invenções da nossa cozinha-jardim.
Estejam todos convidados para apreciar nossas atrações artísticas, nossa carta de bebidas e nossa cozinha afetiva. Convidem os amigos, os sem-lugar, os esquisitos, tragam as crianças, se apresentem e nos presentem com sua colaboração e participação. Aprecie nosso espaço e fortaleça essa rede de solidariedade.
Beijos Floridos!

Critérios de uso do espaço

Como são selecionadas as atrações da Casa Verde? A gente prioriza artistas locais com trabalhos autorais e independentes, artistas de cidades próximas, como Sobradinho e Formosa, e artistas das demais cidades satélites e do entorno. Também estamos estudando um projeto de intercâmbio para trazermos artistas de outros estados, mas sempre nesse perfil underground autoral. É importante frisar que a Casa Verde não abre seu espaço apenas para produções musicais. Ela também volta sua programação às produções literárias, poetas, cronistas, performances artísticas voltadas às artes cênicas e exposições de artes plásticas. Na programação de vocês também existem debates de mesas redondas. Quais temas vocês abordam nessas conversas? São debates ligados à afirmação das políticas identitárias, à cidadania plena para LGBTs e ao combate ao racismo, já que somos um coletivo formado por pessoas negras. Também temos um viés feminista, pois dentro do nosso coletivo nós temos quatro mulheres. A gente sabe da necessidade desses debates porque o nosso país é o que mais assassina LGBTs e, ainda que sejamos considerados uma nação de costumes liberais, o Brasil é um dos países que mais comete o feminícidio. A cada um minuto, uma mulher é agredida no Brasil. Por aqui, o racismo ainda fecha diversas portas, pois praticamos uma democracia racial que falseia a inserção de negros. A gente se denomina um empreendimento com propósito, porque a gente coloca nossas bandeiras a serviço da comunidade e cria um espaço de afirmação de todas essas identidades que são condenadas e marginalizadas de alguma forma.

Galeria

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Publicado por

Lívia Frazão

Intérprete e bacharel em Artes Cênicas pela Universidade de Brasilia. Especialista em Estudos Avançados em Dança pela UFBA.
Foi Coordenadora de Formulação de Políticas Públicas de Cultura na Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal. Atualmente está como Assessora de Informações e Indicadores Culturais na mesma Secretaria.