O Palácio da Alvorada é designado como a residência oficial do Presidente do Brasil. Projetado por Oscar Niemeyer, é uma das mais importantes edificações do modernismo arquitetônico brasileiro e o primeiro edifício inaugurado na Capital Federal, em 30 de junho de 1958. O Conjunto do Palácio da Alvorada (incluindo a capela) foi tombado pelo IPHAN como conjunto arquitetônico em 2007.
Capacidade: 30
Horário de funcionamento: Quartas-feiras, das 15h às 17h. A partir das 13h, há a distribuição de senhas de acesso, por ordem de chegada, para a formação dos grupos. São entregues, em média, 300 senhas. A visita é conjugada, iniciando pelo Palácio da Alvorada, com duração de, aproximadamente, 60 minutos. Mediante agendamento.
Site: https://www.gov.br/planalto/pt-br/conheca-a-presidencia/palacios-e-residencias
Telefone Público: (61) 3411-2336
Endereço:
CEP:
Logradouro: Península da Alvorada
Número: s/n
Complemento:
Bairro: Asa Norte
Município: Plano Piloto
Estado: DF
Regiões Administrativas: Brasilia
Descrição
O Palácio da Alvorada é um edifício localizado em Brasília, no Distrito Federal, capital do Brasil. O palácio é designado como a residência oficial do Presidente do Brasil. Situa-se às margens do lago Paranoá, tendo sido o primeiro edifício inaugurado na Capital Federal, em 30 de junho de 1958. O Alvorada é uma construção revestida de mármore e vedada por cortinas de vidro, cuja estrutura é constituída externamente dos já citados pilares brancos. Desta forma, o vidro proporciona uma certa integração entre espaço interior e exterior. Já as famosas colunas apoiam-se no chão por um de seus vértices fazendo, aparentemente, desaparecer a ideia de peso – como que pousando o edifício no solo de Brasília. O trabalho com a curva neste e em outros edifícios de Brasília fez com que a obra de Niemeyer fosse apelidada eventualmente de barroca.Ao adentrar no Palácio, os visitantes são recepcionados por um imenso hall de entrada, com pé-direito duplo e carpete vermelho. Uma parede dourada expõe o discurso de lançamento da pedra fundamental da nova capital da República, onde descreve, com exatidão, o espírito que acompanhou os pioneiros construtores das obras liderados por Juscelino Kubitschek: “Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das altas decisões nacionais, lanço mais uma vez sobre o amanhã do meu país e antevejo esta alvorada com fé inquebrantável em seu grande destino”.
A Sala de Espera é decorada com obras de arte que podem ser apreciadas apenas pelos visitantes recebidos pelo Chefe de Estado. Entre elas, a tapeçaria de Concessa Colaço, com o título ‘Manhã de Cores’. Em honra à fé do povo brasileiro, uma capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição fica ao lado do palácio. Athos Bulcão assinou o projeto decorativo desde a porta de entrada, em alumínio anodizado. Em linhas curvas, as paredes, revestidas de lambril de jacarandá folheado a ouro, fazem parte da atmosfera leve e sagrada do ambiente. Para complementar, símbolos do cristianismo estão cravados no teto. Os móveis originais possuem autoria de Anna Maria Niemeyer.
Seguindo pelo interior do Palácio, chega-se ao Salão de Estado. Sob testemunha das obras de arte que retratam as características do Brasil, chefes de Estado e demais autoridades se reúnem e tomam decisões importantes para o país. A tapeçaria de Kennedy Bahia, com o tema ‘Flora e Fauna da Bahia’, é destaque na decoração, combinada com móveis contemporâneos e imagens sacras. Também estão presentes os quadros ‘Colhendo Café’, ‘Cena II’ e ‘Fachada em Oval’, assinados por Djanira da Motta, Maria Leotina e Alfredo Volpi, respectivamente.
A Biblioteca do Palácio conta com mais de 3.400 exemplares, alguns de autoria de grandes escritores do Brasil e do mundo. Títulos de Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Celso Cunha e Antônio Houaiss ajudaram preencher as estantes com filosofia, literatura, arte e história. Neste local, os presidentes do Brasil têm momentos de leitura e reflexão, enquanto ao fundo podem observar a tapeçaria ‘Músicos’ de Di Cavalcanti, entre outras obras.
Logo a seguir, vem o Mezanino, uma grande área de circulação entre o hall de entrada, a biblioteca e o salão nobre. Neste espaço, belas esculturas, intituladas de ‘Outono’ e ‘Inverno’, de Alfredo Cheschiatti, podem ser apreciadas, além dos bancos Marquesa, de Oscar Niemeyer, e três urnas funerárias, peças raras criadas por índios das tribos Marajoaras. Na parede, a tapeçaria ‘Múmias’, de Di Cavalcanti.
Na Sala de Almoço, as refeições são servidas sobre uma mesa com doze cadeiras inglesas em estilo Chippendale. O mobiliário se complementa com duas mesas brasileiras do século XVIII. A sala é decorada com dois anjos do barroco mineiro e porcelanas da Companhia das Índias. Além dessas peças, telas de autoria de Cornellis dee Heem e Jan van Huysum complementam o espaço.
Continuando a visita ao palácio, é chegado o momento de conhecer o Salão Nobre, um dos ambientes mais importantes do Alvorada. O espaço, em estilo contemporâneo, é guarnecido com móveis de Mies van der Rohe, esculturas de Victor Brecheret, peças sacras em madeira, poltronas marquesas e telas de Ademir Martins. É neste ambiente mais reservado que o Presidente da República recebe ministros, chefes de estado e demais convidados para definir os assuntos mais estratégicos para o país. Testemunham estes momentos obras de valor artístico inestimável, como as duas telas de Cândido Portinari: ‘Jangadas do Nordeste’ e ‘Os Seringueiros’.
A Sala de Música possui um piano meia cauda alemão que já foi tocado por dois dos nossos maiores músicos: Vinícius de Moraes e Tom Jobim. As imagens centenárias de São João Evangelista e São Joaquim são algumas obras que compõem a decoração do amplo cômodo.
O subsolo do palácio abriga a área de lazer e entretenimento, composto por uma Sala de Cinema e um Salão de Jogos. É onde o ocupante do cargo de Presidente da República, sua família e seus convidados se reúnem para assistir a filmes, se divertir e renovar as energias.
As grandes recepções oficiais são realizadas no Salão de Banquetes, podendo receber até 50 pessoas. A fim de acolher todos, a mesa pode ser montada de diferentes formas. Chamam a atenção dos convidados a decoração de autoria de Anna Maria Niemeyer, a escultura ‘Edificação’, de André Bloc, a prataria original do Palácio do Catete (antiga sede do governo), uma cômoda em cedro do século XIX, arcas do início do século XX e tapeçarias de Concessa Colaço.
Na parte leste do Palácio, uma ampla piscina com azulejos azul “brenand” e uma pérgola com bar e churrasqueira compõem a paisagem, junto a escultura em bronze ‘Rito dos Rítmos’ de Maria Martins.
Por todos os lados, a natureza está presente. O paisagismo é obra de Yoichi Aikawa, autor Palácio Imperial do Japão. Os jardins possuem diversos exemplares da flora brasileira, onde os pássaros nativos do cerrado brasileiro cantam, entre araucárias, paus-brasil e sibipirunas. A Lagoa do Palácio possui um ecossistema perfeito, em que peixes, aves e a vegetação local coexistem de maneira harmoniosa e equilibrada.
O Palácio da Alvorada está aberto para visitas durante as quartas-feiras, das 15h às 17h. Não é necessário agendamento prévio. O passeio é conjugado com o Palácio do Jaburu com duração total de uma hora. Mais informações com a COREP – Coordenação Geral de Relações Públicas
Fonte: Wikipedia, Casa Vogue e Presidência da República.
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SOBRE A OBRA DE ATHOS BULCÃO NO PALÁCIO DA ALVORADA
Painel revestido por placas de latão dourado, de 10 x 10cm, fixados à parede de alvenaria por meio de sarrafos de madeira e pregos.
O painel apresenta superfície polida e reflexiva e traz uma frase de Juscelino Kubitschek inscrita em letras em alto-relevo, também confeccionadas em latão dourado.
Na porção inferior esquerda da obra, foi preservada uma peça que mantém o estado original de conservação do latão, uma vez que o painel passou recentemente por um processo de restauro.
A obra está localizada na parede lateral direita do hall de Entrada e apresenta pé-direito duplo, sendo interceptada por uma laje de concreto pintado em branco. Tal laje apresenta uma curvatura em sua extremidade, que configura o guardacorpo do Hall das Suítes, localizado no pavimento superior do edificio.
Fonte: livro "Inventário da Obra de Athos Bulcão em Brasília" (IPHAN DF, 2018)
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INFORMAÇÕES SOBRE TOMBAMENTO
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Nome atribuído: Conjunto do Palácio da Alvorada (incluindo a capela)
Número do Processo: 1550-T-2007
SEC – Secretaria de Estado de Cultura
Processo de Tombamento: De acordo com o Art. 6 da Lei Distrital nº 47/1989, “Os bens tombados pela União, localizados no Distrito Federal, serão inscritos ex officio nos Livros de Tombo definidos no art. 8º desta Lei”.
Fonte: Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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Crédito das fotos: Edgar César Filho (fotos 1 e 2); Patrick Grosner/IPHAN (foto 3); Arquivo Público (foto 4); e Ichiro Guerra/Presidência da República (demais, com exceção das fotos 5, 7, 8, 10, 13, 14, 20, 21, 26 e 27, sem identificação do fotografo)